terça-feira, 14 de junho de 2011



SER EDUCADOR

Ser educador hoje é viver intensamente o seu tempo; conviver é ter consciência e sensibilidade. Não se pode imaginar um futuro para a humanidade sem educadores, assim como não se pode pensar num futuro sem poetas e filósofos. Os educadores, numa visão emancipadora, não só transformam a informação em conhecimento e em consciência crítica, mas também formam pessoas cidadãs.

Diante dos falsos pregadores da palavra, os educadores são os verdadeiros, "amantes da sabedoria"; os filósofos de que nos falava Sócrates. Eles fazem fluir o saber, porque constroem sentido para a vida das pessoas e para a humanidade e buscam juntos um mundo mais justo, mais produtivo e mais saudável para todos. Para Gadotti (2000), os educadores são imprescindíveis, sendo eles os verdadeiros construtores do processo de ensino-aprendizagem.

A aprendizagem é um processo que ocorre ao longo da vida, são momentos muitas vezes, de conflitos e divergências. Na visão de Jacques Delores (1998), vive-se hoje o chamado mundo globalizado que necessita, cada vez mais, de competências e habilidades, agilidade e sensibilidade, pressupostos de caráter humano que solicitam novos valores e critérios compatíveis com as mudanças da sociedade atual.

O educador é o responsável por estimular o prazer de compreender, descobrir, construir o conhecimento, curiosidade, autonomia e atenção no aluno. É preciso ensinar a pensar; a pensar a realidade e não apenas o "já dito" o "já feito", e só reproduzir o conhecimento.

Segundo Gadotti (2000), o conhecimento tem presença garantida em qualquer projeção que se faça no futuro, por isso, há o consenso de que o desenvolvimento de um país está condicionado à qualidade de sua educação.

A tarefa de educar, no entanto é delicada porque supõe, em princípio, amor, desprendimento, doçura, firmeza, paciência e decisão, além do domínio dos conteúdos e metodologias. Daí a necessidade da motivação, do encantamento; motivação que deve vir de dentro do próprio aluno, oportunizada pelos estímulos do professor.

Na visão de Freire (1996), o sentido de ensinar é fazer com que o ser humano veja novos padrões de vida, novas formas de perceber, ser, pensar e agir, e que vão auxiliar no uso do conhecimento, na resolução de problemas, construções de novos significados e pensamentos. 
E para que o indivíduo tenha experiências intelectuais estimulantes e socialmente relevantes é preciso à mediação do professor com boa conduta e domínio dos conhecimentos que deve ensinar e dos meios para fazê-lo com eficácia. O educador deve saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção (FREIRE, 1996, p. 47).

Segundo Freire (1996), o educador deve ter liberdade e autoridade, e que a liberdade deve ser vivida em coerência com a autoridade na condução de suas aulas; não pode ser imparcial em suas atitudes, deve sempre mostrar o que pensa, apontando diferentes caminhos, evitando conclusões, para que o aluno procure o que acredita, com suas explicações, se responsabilizando pelas conseqüências e construindo assim sua autonomia.

Para Freire (1996), motivar e auto motivar-se, é de fundamental importância no processo de docência, é a busca não apenas do conhecimento teórico e prático através de capacitação e formação, mas da relação docente-discente, sendo esta peça fundamental para a formação e educação crítica dos cidadãos.
Interpretação de imagem

 

Planejamento e Avaliação




Autoavaliação: como ajudar seus alunos nesse processo

A reflexão sobre o próprio desempenho é um meio eficiente para o aluno aprender a identificar e corrigir seus erros. Nesse caminho, o papel do professor é essencial


Ao término de cada bimestre, você reserva alguns minutos de aula para que cada aluno reflita sobre o que estudou e como fez isso. Numa ficha com uma série de itens, é preciso responder a perguntas sobre comportamento, procedimentos de estudo e conteúdos. No fim, cada um atribui uma nota a si próprio, que você vai considerar na média da disciplina. "Até que a turma reconhece as próprias falhas!", você se surpreende. Mas, nos meses seguintes, a garotada não corrige os deslizes que apontou na autoavaliação. Por que isso ocorre?

A intenção foi a melhor possível: a abertura para o diálogo na avaliação é uma medida interessante tanto para o estudante tomar consciência de seu percurso de aprendizagem e se responsabilizar pelo empenho em avançar - é a chamada autorregulação - como para ajudar o docente a planejar intervenções em sala. Mas a forma como a autoavaliação foi aplicada não é a mais recomendável. É provável que a atividade tenha sido encarada como uma mera formalidade. Nesses casos, a tal "postura crítica" da turma é pouco mais que um apanhado de coisas que o professor espera ouvir: "Preciso bagunçar menos", "Tenho de respeitar os colegas", "Faltou estudar antes para a prova". Já aconteceu com você?

Da lista de equívocos que se pode apontar no exemplo do parágrafo inicial (leia o quadro abaixo), o mais grave é a falta de acompanhamento e intervenção do professor. "Após o aluno refletir sobre o que e como aprendeu, o professor deve realizar um conjunto de ações para modificar o que está inadequado", afirma Leonor Santos, docente da Universidade de Lisboa, em Portugal, e especialista no assunto. "O objetivo é levar o estudante a confrontar seu desempenho com o que se esperava e agir para reduzir ou eliminar essa diferença."

Os principais equívocos na autoavaliação

- Deixar o aluno dar a sua própria notaÉ algo que nada acrescenta à aprendizagem. Ainda que seja adequado esclarecer os conceitos que justificam a nota, estabelecê-la é tarefa que cabe apenas ao professor.

- Fazer perguntas genéricasQuestões como "O que você aprendeu nesse semestre?" e "Como avalia sua aprendizagem?" dão margem a respostas vagas. Quanto mais específicas as indagações, mais o estudante consegue se focar no que precisa avançar naquele momento.

- Dizer os resultados sem comentar
Não adianta arquivar tudo sem se deter no que foi observado pelos alunos. A autoavaliação serve como uma maneira de promover a autorregulação. Especialmente no início, o professor tem um papel essencial nesse processo, debatendo as reflexões de cada estudante e mostrando as dificuldades que passaram despercebidas.

- Deixar tudo para o fim do bimestre
Definir um único momento para o aluno pensar em toda a sua caminhada torna a reflexão mais superficial. É preciso identificar quais pontos têm de ser melhorados e abordá-los de maneira objetiva ao longo de todo o aprendizado.


A História do Lápis
O menino olhava a avó escrevendo uma carta. A certa altura perguntou:
-Você está escrevendo uma história que aconteceu conosco
-E, por acaso, é uma história sobre mim?
A avó parou a carta, sorriu, e comentou com o neto:
-Estou escrevendo sobre você, é verdade.
Entretanto, mais importante do que as palavras, é o lápis que estou usando. Gostaria que você fosse como ele, quando crescesse.

O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de especial. E disse:

-Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida!
No entanto, a avó respondeu:

- Tudo depende do modo como você olha as coisas. Há cinco qualidades nele que, se você conseguir mantê-las, será sempre uma pessoa em paz com o mundo:
'Primeira qualidade: você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer nunca que existe uma Mão que guia seus passos. Essa mão nós chamamos de Deus, e Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade.

'Segunda qualidade: de vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo, e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final, ele está mais afiado. Portanto, saiba suportar algumas dores, porque elas o farão ser uma pessoa melhor.

' 'Terceira qualidade: o lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça.

"Quarta qualidade: o que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você.

' 'Finalmente, a quinta qualidade do lápis: ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida, irá deixar traços, e procure ser consciente de cada ação.'

Modernidade X Família
O extenso histórico da família brasileira veio atravessando muitas transformações importantes que estão inclusas no contexto sócio-político-econômico do país. Os casamentos tinham interesses econômicos e que as mulheres eram apenas reprodutoras. Os filhos, considerados extensão do patrimônio do patriarca, ao nascer dificilmente experimentavam o sabor do aconchego e da proteção materna, pois eram amamentados e cuidados pelas amas de leite.
No período de vinte anos, várias mudanças aconteceram no nível sócio-político-econômico ligadas ao processo de globalização da economia capitalista, que vem interferindo na dinâmica da estrutura familiar, como a conhecemos, e possibilitando mudanças em seu padrão tradicional de organização.